terça-feira, 27 de setembro de 2011

D.Pedro II e a fotografia

D.PEDRO II E A FOTOGRAFIA
Que o Imperador Dom Pedro II era um intelectual, todo mundo sabe. Ele falava e escrevia fluentemente português, espanhol, francês, inglês e alemão. Discursava em grego e latim e ainda entendia a língua dos nossos índios (tupi-guarani) e o provençal. O segundo imperador brasileiro lia Homero e Horácio no original e ainda sabia rudimentos do hebraico e árabe. Sem falar que era versado em geografia, ciências naturais, música, dança, pintura, matemática, biologia, química, fisiologia, medicina, economia, política, história, egiptologia, arqueologia, arte, helenismo, cosmografia, astronomia (Pedro II é o Patrono da Astronomia no Brasil), esgrima e equitação.
Pouca gente sabe, no entanto que Dom Pedro II tinha verdadeira paixão pela fotografia. Em 1839, o “Diário do Commercio”, do Rio de Janeiro, noticiou a invenção do daguerreótipo (imagens obtidas com um aparelho capaz de fixá-las em placas de cobre cobertas com sais de prata), primeiro aparelho a fixar a imagem fotográfica, também o primeiro processo fotográfico reconhecido mundialmente, criado pelo francês Louis-Jacques Mandé Daguerre. Somente no ano seguinte seriam feitas as primeiras fotografias.
Dom Pedro II adquiriu o primeiro equipamento fotográfico em março de 1840, ainda adolescente, alguns meses antes desses aparelhos serem comercializados no Brasil. O jovem Pedro II completara 14 anos no dia 2 de dezembro do ano anterior, e foi o primeiro brasileiro a adquirir e a utilizar um equipamento de daguerreotipia. Teve início aí uma coleção de fotos raras do Brasil que permaneceu guardada por 110 anos no arquivo da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. A percepção da importância que a fotografia viria a desempenhar no futuro, em todos os segmentos da vida humana, fez com que Dom Pedro II se igualasse à Rainha Vitória, da Inglaterra, na concessão de honrarias aos praticantes da nova técnica.
Quando foi expulso do Brasil – pelo golpe militar de 15 de novembro de 1889 – Dom Pedro II doou à Biblioteca Nacional quase trinta mil fotografias do seu acervo particular. Essa coleção recebeu o nome da Imperatriz Thereza Cristina Maria. A maior parte do acervo ainda não foi totalmente examinada, mas a coleção já se constitui na mais importante memória visual do Brasil. São informações científicas, históricas, antropológicas e culturais constituídas por fotografias, retratos, óleos, xilogravuras e litografias, que revelam não só as imagens do Imperador e de sua família, mas os grandes temas do século XIX.
Em editorial datado de 15 de julho de 2007, o jornal “Estado de S.Paulo” publicou: “(...) Neste momento da vida política brasileira, de tantas decepções sobre condutas públicas, é um ingrediente de esperança saber que um chefe de Estado (o Imperador Dom Pedro II), durante quase 50 anos, conduziu com integridade, virtudes republicanas e sincera e zelosa paixão pelo Brasil os destinos nacionais”.A Voz da História já está fazendo justiça a Dom Pedro II.
Armando Lopes Rafael
http://caririag.blogspot.com/2008/10/dom-pedro-ii-e-fotografia.html

Mulheres de Atenas

MULHERES DE ATENAS
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem imploram
Mais duras penas
Cadenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos, poder e força de Atenas
Quando eles embarcam, soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas.
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Geram pro seus maridos os novos filhos de Atenas
Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito nem qualidade
Têm medo apenas
Não têm sonhos, só têm presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas
Morenas....."
(Augusto Boal/Chico Buarque)
Atividades:
1)      Pesquise no dicionário as palavras desconhecidas
2)      Segundo os autores, como eram as mulheres em Atenas?
3)      Há muitas diferenças entre as mulheres de Atenas e as dos dias de hoje?Explique.
4)      Por que o autor diz :” mirem-se no exemplo”? É um conselho? Uma ironia?Explique.
Ouça a canção:
http://letras.terra.com.br/chico-buarque/45150/

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

DEMOCRACIA
          A palavra democracia tem sua origem na Grécia Antiga (demo=povo e kracia=governo). Este sistema de governo foi desenvolvido em Atenas (uma das principais cidades da Grécia Antiga). Embora tenha sido o berço da democracia, nem todos podiam participar nesta cidade. Mulheres, estrangeiros, escravos e crianças não participavam das decisões políticas da cidade. Portanto, esta forma antiga de democracia era bem limitada.
          Atualmente a democracia é exercida, na maioria dos países, de forma mais participativa. É uma forma de governo do povo e para o povo.  
          Existem várias formas de democracia na atualidade, porém as mais comuns são: direta e indireta. 
          Na democracia direta, o povo, através de plebiscito, referendo ou outras formas de consultas populares, pode decidir diretamente sobre assuntos políticos ou administrativos de sua cidade, estado ou país. Não existem intermediários (deputados, senadores, vereadores). Esta forma não é muito comum na atualidade. 
          Na democracia indireta, o povo também participa, porém através do voto, elegendo seus representantes (deputados, senadores, vereadores) que tomam decisões em novo daqueles que os elegeram. Esta forma também é conhecida como democracia representativa. 
          Nosso país segue o sistema de democracia representativa. Existe a obrigatoriedade do voto, diferente do que ocorre em países como os Estados Unidos, onde o voto é facultativo (vota quem quer). Porém, no Brasil o voto é obrigatório para os cidadãos que estão na faixa etária entre 18 e 65 anos. Com 16 ou 17 anos, o jovem já pode votar, porém nesta faixa etária o voto é facultativo, assim como para os idosos que possuem mais de 65 anos.
          No Brasil elegemos nossos representantes e governantes. É o povo quem escolhe os integrantes do poder legislativo (aqueles que fazem as leis e votam nelas – deputados, senadores e vereadores) e do executivo (administram e governam – prefeitos, governadores e presidente da república).  
Você sabia
- Dia 25 de outubro comemora-se o Dia da Democracia.

 http://www.suapesquisa.com/religiaosociais/democracia.htm

GUERRA DO PARAGUAI

GUERRA DO PARAGUAI
          A Guerra do Paraguai teve seu início no ano de 1864, a partir da ambição do ditador Francisco Solano Lopes, que tinha como objetivo aumentar o território paraguaio e obter uma saída para o Oceano Atlântico, através dos rios da Bacia do Prata. Ele iniciou o confronto com a criação de inúmeros obstáculos impostos às embarcações brasileiras que se dirigiam a Mato Grosso através da capital paraguaia.
          Visando a província de Mato Grosso, o ditador paraguaio aproveitou-se da fraca defesa brasileira naquela região para invadi-la e conquistá-la. Fez isso sem grandes dificuldades e, após esta batalha, sentiu-se motivado a dar continuidade à expansão do Paraguai através do território que pertencia ao Brasil. Seu próximo alvo foi o Rio Grande do Sul, mas, para atingi-lo, necessitava passar pela Argentina. Então, invadiu e tomou Corrientes, província Argentina que, naquela época, era governada por Mitre. 
         Decididos a não mais serem ameaçados e dominados pelo ditador Solano Lopes, Argentina, Brasil e Uruguai uniram suas forças em 1° de maio de 1865 através de acordo conhecido como a Tríplice Aliança. A partir daí, os três paises lutaram juntos para deterem o Paraguai, que foi vencido na batalha naval de Riachuelo e também na luta de Uruguaiana. 
          Esta guerra durou seis anos; contudo, já no terceiro ano, o Brasil via-se em grandes dificuldades com a organização de sua tropa, pois além do inimigo, os soldados brasileiros tinham que lutar contra o falta de alimentos, de comunicação e ainda contra as epidemias que os derrotavam na maioria das vezes. Diante deste quadro, Caxias foi chamado para liderar o exército brasileiro. Sob seu comando, a tropa foi reorganizada e conquistou várias vitórias até chegar em Assunção no ano de 1869. Apesar de seu grande êxito, a última batalha foi liderada pelo Conde D`Eu (genro de D. Pedro II). Por fim, no ano de 1870, a guerra chega ao seu final com a morte de Francisco Solano Lopes em Cerro Cora. 
          Antes da guerra, o Paraguai era uma potência econômica na América do Sul. Além disso, era um país independente das nações européias. Para a Inglaterra, este país era um exemplo que não deveria ser seguido pelos demais países latino-americanos, que eram totalmente dependentes do império inglês. Foi por isso, que os ingleses ficaram ao lado dos países da Tríplice Aliança, emprestando dinheiro e oferecendo apoio militar. Era interessante para a Inglaterra enfraquecer e eliminar um exemplo de sucesso e independência na América Latina.  
         A indústria paraguaia  ficou arrasada após a guerra. O Paraguai nunca mais voltou a ser um país com um bom índice de desenvolvimento industrial e econômico, pelo contrário, passa até hoje por dificuldades políticas e econômicas. Cerca de 70% da população paraguaia morreu durante o conflito, sendo que a maioria dos mortos eram homens.
          Embora tenha saído vitorioso, o Brasil também teve grandes prejuízos financeiros com o conflito. Os elevados gastos da guerra foram custeados com empréstimos estrangeiros, fazendo com que aumentasse a dívida externa brasileira e a dependência de países ricos como, por exemplo, da Inglaterra.
         Com a guerra, o exército brasileiro ficou fortalecido no aspecto bélico, pois ganhou experiência e passou por um processo de modernização. Houve também um importante fortalecimento institucional. Do ponto de vista político, o exército também saiu fortalecido e passou a ser uma importante força no cenário político nacional.
http://www.suapesquisa.com/historia/guerradoparaguai/
 

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Segundo Reinado

O SEGUNDO REINADO – TEXTO/ ATIVIDADES

          O Segundo Reinado iniciou-se com a declaração de maioridade de Dom Pedro II. Na época, o jovem imperador tinha apenas quinze anos de idade e só conseguiu ocupar o posto máximo do poder executivo nacional graças a um bem arquitetado golpe promovido pelos grupos políticos liberais. Até então, os conservadores (favoráveis à centralização política) dominaram o cenário político nacional. Nos quarenta e nove anos subsequentes o Brasil esteve na mão de seu último e mais longevo monarca.
          Para contornar as rixas políticas, Dom Pedro II contou com a criação de dispositivos capazes de agraciar os dois grupos políticos da época. Liberais e conservadores, tendo origem em uma mesma classe socioeconômica, barganharam a partilha de um poder repleto de mecanismos onde a figura do imperador aparecia como um “intermediário imparcial” às disputas políticas.
          A situação contraditória, talvez de maneira inesperada, configurou um período de relativa estabilidade. Depois da Revolução Praieira, em 1847, nenhuma outra rebelião interna se impôs contra a autoridade monárquica. Por quê? Alguns historiadores justificam tal condição no bom desempenho de uma economia impulsionada pela ascensão das plantações de café.
          O tráfico negreiro era sistematicamente combatido pelas grandes potências, tais como a Inglaterra, que buscava ampliar seus mercados consumidores por aqui. A partir da segunda metade do século XIX, movimentos abolicionistas e republicanos ensaiavam discursos e textos favoráveis a uma economia mais dinâmica e um regime político moderno e inspirado pela onda republicana liberal.
          Após o fim da desgastante e polêmica Guerra do Paraguai (1864 – 1870), foi possível observar as primeiras medidas que indicaram o fim do regime monárquico. O anseio por mudanças parecia vir em passos tímidos ainda controlados por uma elite desconfiada com transformações que pudessem ameaçar os seus antigos privilégios. A estranha mistura entre o moderno e o conservador ditou o início de uma república nascida de uma quartelada desprovida de qualquer apoio popular.
Por Rainer Sousa -Graduado em História -Equipe Brasil Escola

ATIVIDADES:
1)      Pesquise o significado das seguintes palavras: longevo, rixas, dispositivos, agraciar, barganharam,partilha,mecanismos, intermediário, quartelada, desprovida.
2)      Elabore um esquema- resumo do texto.


ESQUEMA – RESUMO – SEGUNDO REINADO

- Segundo  Reinado: iniciou-se com a declaração da maioridade de D.Pedro II – golpe dos liberais
- No período regencial conservadores dominaram o cenário político
- D.Pedro II – agraciava os dois partidos políticos – era um “intermediário imparcial” -conseguia assim governar com  relativa tranquilidade
- Depois da Revolução Praieira em 1847 não houve mais rebeliões
- Alguns historiadores acreditam que esta estabilidade advinha da boa situação econômica do país devido à ascensão das plantações de café
- O tráfico negreiro era combatido pelas potências , como Inglaterra,que almejava aumentar o mercado consumidor para seus produtos
- Movimentos republicanos e abolicionistas queriam uma economia mais dinâmica e um governo republicano
- Guerra do Paraguai desgastou o governo
- Mudanças vieram em passos tímidos protagonizadas por uma elite receosa em perder antigos privilégios
- Republica nasceu de uma quartelada sem qualquer apoio popular

Aspectos da Cultura Grega

                                       ASPECTOS DA CULTURA GREGA
 A principal inspiração dos gregos eram os deuses e os heróis. Em homenagem a eles, foram construídos templos em todo o mundo grego.
A arquitetura grega destacou-se por três estilos principais: o dórico, o jônico e o coríntio.
No século V a. C, com Péricles, a arquitetura grega alcançou grande destaque.Data desta fase a Acrópole de Atenas, cujas ruínas podem ser vistas ainda hoje. Desse conjunto, destaca-se o Partenon, templo da deusa Atena.
Na escultura os gregos idealizavam suas representações, em vez de construir suas obras através da observação da realidade.
Na literatura, destacam-se obras com Ilíada e Odisseia , cuja autoria se atribui a Homero e Teogonia, de Hesíodo, que narra a origem do mundo e a história dois deuses.
Entre os escritores gregos, destaca-se, ainda , Demóstenes, autor de importantes discursos.
O teatro foi uma das maiores criações dos gregos antigos e sua influência continua até hoje. O teatro grego era composto ,basicamente, de dois gêneros: a tragédia e a comédia. É provável que a origem desses gêneros esteja relacionada às festas em louvor a Dionísio ,deus do vinho. Nas apresentações, os atores, todos do sexo masculino, usavam máscaras para representar papéis de ambos os sexos.
Entre os principais autores de tragédias gregas podemos destacar Ésquilo , Sófocles e Eurípedes. No que se refere às comédias, podemos destacar Aristófanes, que satirizou a sociedade, a política, a justiça, e  os costumes urbanos do seu tempo. Aristófanes costumava afirmar que a diferença entre o ser humano e os outros animais era a capacidade do riso.
A FILOSOFIA E AS CIÊNCIAS
Foi na Grécia que nasceu a filosofia ( philo = amizade; sophia = sabedoria) ,estudo que busca entender a existência humana e os fenômenos da natureza baseados na observação e no pensamento racional. Os filósofos passaram a não aceitar somente as explicações mitológicas para as questões do seu cotidiano. Desenvolveram , assim, uma nova forma de produzir conhecimento.
Sócrates foi um dos principais filósofos gregos. Por incentivar o raciocínio, Sócrates foi acusado de renegar deuses e corromper os jovens .Acabou julgado e condenado a suicidar-se, ingerindo cicuta.
Platão, seguidor de Sócrates, tratou da importância do conhecimento filosófico como forma de ir além da aparência e realmente compreender a natureza e a humanidade.
Aristóteles dedicou-se ao conhecimento da botânica ,zoologia, astronomia, matemática, física, química. No campo da filosofia desenvolveu a lógica. Escreveu sobre arte, política, ética, etc.
Fonte: História e Vida Integrada- Nelson Piletti -6o.ano